Desde o nosso primeiro suspiro, amor é sinônimo de viver. Dada a fragilidade do recém-nascido humano, dependemos da nutrição e do cuidado de alguém para que a vida se desenvolva e persista. Sozinhos, não conseguiríamos ir muito longe.
Nesse esquema, somos o objeto do amor do outro, e como objetos, somos a parte passiva da troca. Aquela que recebe.
Esse ímpeto de autoconservação contido na posição de “ser amado” tem um porém, podendo nos imobilizar na figura do recebedor. Algumas vezes, torna-se uma dependência: “Preciso ser amado ou morro” – ou seu equivalente consciente: “Preciso ser amado ou minha vida não terá sentido”.
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Quanta ansiedade isso já gerou, hein? E de quantas formas somos capazes de nos moldar para caber na caixinha de alguém que nos promete amor? (Isso é assunto para outro post).
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O psicanalista Erich Fromm nos dá a chave para acalmar esse sofrimento quando escreve que “Enquanto tememos conscientemente não sermos amados, o temor real, embora inconsciente, é o de amar”.
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Sanar essa ferida do abandono e da rejeição equivale a ser capaz de desenvolver a contraparte: o “dar” amor. Isso implica tornar-se Sujeito, gerar a ação, lidar com as consequências e se arriscar em uma aposta, sem ter regras que lhe guiem. É confiar no sentimento e se autorizar a senti-lo.
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Ser amado é cômodo e, relativamente, fácil. E amar? Você tem coragem de amar?
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O amor depende desses dois polos. Quando falta um, não há como ser amor.
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Quer ser amado? Movimente o amor!
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Imagem: Engin Akyurt/Unsplash
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