A psicoterapeuta Jean Shinoda Bolen, amparada num longo percurso de mitologia aplicada à prática terapêutica, comparou que cada pessoa tem dentro da psique uma porção de deusas e deuses gerenciando tudo. É como se a mitologia grega tivesse catalogado modos de existir que são comuns à humanidade. Os resultados de suas observações e estudos estão compilados nos livros “As Deusas e a mulher” e “Os Deuses e o homem”.
O arquétipo da Grande Deusa, uma das metades do divino em nós, foi dividido em partes. Juntar essas partes dentro de nós é o quebra-cabeças que precisamos montar, e cada pessoa diferente vai organizar esse mosaico de uma maneira singular. Assim podemos extrair o melhor de cada deusa. Podemos buscar o equilíbrio e a plenitude individual em diferentes temas da nossa vida.
Atena, Ártemis, Héstia, Deméter, Hera, Perséfone e Afrodite são as peças que precisamos juntar. Se você perceber, o mito de cada uma dessas figuras nos conta de um canto da nossa vida. E no mito estão muitas respostas para os dilemas que nos afligem e os problemas que nos atravessam.
Seus mitos são como histórias que ressoam e revelam fotografias internas de nós mesmos.
Ártemis
Deusa da caça e da vida selvagem. Suas palavras-chave são: igualdade, independência, aventura, foco e sororidade. Desafios e metas são o que a move. Não se subordina a ninguém. Teimosia, Explosiva.
Héstia
Deusa da casa, da vida doméstica e da privacidade. Introversão, paz interior, solitude. Fica bem na própria companhia e se sente desgastada quando tem que interagir com o mundo.
Atena
Deusa da inteligência e da guerra. Mais razão, menos coração. Estratégia, disciplina, pragmatismo, foco na carreira e nos negócios. Senso de justiça. Apreço pelo discurso do herói.
Hera
Deusa do matrimônio, esposa de Zeus. Casamento, compromisso e vínculos, fidelidade, apego às tradições, espírito de matriarca, ciúme.
Deméter
Deusa da agricultura, nutridora da terra e da vida. Associada à gestação. Espírito maternal, sonha em ter filhos, cuida das suas pessoas favoritas como se fosse uma “mãe”, acolhedora e protetora, se dedica muito aos outros.
Perséfone
Deusa da terra que passa a reinar como Deusa dos Mortos. Na primeira fase, tem medo da vida e constrói sua personalidade para os outros. Na segunda fase, retoma seu poder ao investir em estudos sobre o inconsciente, intuição, misticismo e mistérios.
Afrodite
Deusa do amor, da sensualidade e da beleza. Está onde seu prazer a leva. Espontânea, emotiva, corporal, criativa, receptiva e livre. Fiel a si mesma. Vive o momento. Carismática. Estar apaixonada é o que a move. Capacidade de se encantar pela vida e pelas pessoas como são. O Livro de Afrodite, da Inspira, aborda o caminho de autoconhecimento para ativação dessa deusa.
A maioria das pessoas vive muito de uma divindade e pouco de outra, algumas até conseguem um certo equilíbrio. Agora... reconhecer a “deusa interna” que te guia e saber se essas deusas e deuses estão agindo pelo seu lado luz ou pelo lado sombra é um exercício de autoconhecimento e de se fazer inteiro. É recuperar o próprio poder!
Dedicamos um episódio do Podcast Imago Mundi a esse tema. É só apertar o play e assistir:
A Inspira lançou o livro As Deusas Gregas e o Inconsciente - escrita profunda e narrativas míticas. Nele, reunimos o perfil psicológico de oito deusas gregas que podem estar guiando a sua vida a partir do seu inconsciente. Você vai encontrar sabedorias e exercícios de escrita profunda para cada uma delas, te ajudando a se conscientizar das forças que te mobilizam, integrar as que estão nas sombras e se familiarizar com todas essas potencialidades.
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