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Como encontrar a beleza no "imperfeito"? O que a prática japonesa do Kintsugi tem a nos ensinar

Atualizado: 12 de ago. de 2021



O que você faz quando você se quebra? A lembrança que dói, a amargura que fica, a doença que lhe tirou o rumo, as cicatrizes, o olhar abatido, o se sentir inadequado, insuficiente, frágil demais...


Todos esses sentimentos equivalem a rupturas na sua cerâmica psíquica.


Às vezes a gente vai quebrar mesmo. Mas o que importa é o remendo que a gente pode criar a partir daí. Como juntar todas essas peças? Que tipo de cola você vai usar? As possibilidades são infinitas.

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Viver é um ato criativo e nós somos a obra de arte que viemos criar.

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Kintsugi - uma metáfora para a (re)construção interior


Quando uma coisa quebra ou começa a apresentar defeitos, na maioria das vezes a nossa tendência é jogar no lixo e desejar outra, não é verdade?

E quando o assunto é você, seu corpo e sua vida emocional? Será que essa lógica do descarte invadiu até mesmo o conceito que fazemos de nós?

Os japoneses têm uma técnica de reparar cerâmicas que serve como metáfora para reaprendermos a lidar com a falha, o erro, a cicatriz e aquilo que consideramos “imperfeito” em nós mesmos.

Kintsugi, como é chamada, é uma prática de consertar os fragmentos quebrados de cerâmica desgastada pelo tempo, remontando-a com ouro ou uma massa colante dourada. O resultado fica como o desta foto!

A aleatoriedade dos estilhaços forma fios dourados únicos. Cada peça de kintsugi é diferente uma da outra. Assim, como somos nós. E aí mora a beleza!

A partir do momento que você aprende a aceitar as suas cicatrizes, “imperfeições”, enfim, a sua natureza e a sua história, algo de mais belo pode surgir do que uma simples tigela “sem defeitos”. É a autenticidade de ser único!

Essa é uma forma de ver, na prática, a filosofia wabi-sabi acontecer. Essa filosofia pensa que a beleza também é constituída pela imperfeição, assimetria e irregularidade. É preciso ter olhos para ver com humildade e sensibilidade!

Quando algo lhe parecer falho ou imperfeito em você, lembre que esse é sempre um convite a praticar o kintsugi em si mesmo, se reconhecendo como arte!


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Arte: Steve Stacey, capa do álbum Broken Machine, da banda Nothing But Thieves.



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