A prática de colocar as suas palavras num papel em branco é terapêutica, mas pode ser que você seja vencido pela preguiça quando pensa em reservar um momento para sentar e escrever.
É por isso que, nesta publicação, vamos te dar algumas dicas de como criar o hábito de escrever um diário de escrita terapêutica.
Primeiro, vamos às motivações.
Por que você deveria dar uma chance para a escrita terapêutica?
À medida que preenchemos as linhas com os nossos pensamentos e emoções, trabalhamos com as duas áreas do nosso cérebro em conjunto: a racional e a emocional. Assim, podemos canalizar e analisar as nossas emoções, e solucionar questões, de forma criativa, para os nossos problemas cotidianos.
Colocar os sentimentos e pensamentos no papel não é de hoje. Curiosamente, a escrita íntima começou a ter novos adeptos como reflexo da alfabetização no final da Idade Média, na Europa. O historiador francês Philippe Braunstein escreve: *"A confissão, o diário, a crônica são, no final da Idade Média, fontes de informação em que o indivíduo apresenta por vezes sobre sua vida privada, isto é, sobre seu corpo, suas percepções, seus sentimentos e sua concepção das coisas, apanhados sinceros, tanto quanto pode sê-lo uma memória redescoberta que pretende 'pintar o ser de frente e não de perfil'".
Para criarmos essa "pintura escrita" nas linhas em branco com mais verossimilhança de nós mesmos, devemos desenvolver o hábito de escrever.
Descubra algumas dicas para colocar a escrita terapêutica em prática todos os dias.
Crie um momento
Crie um momento aconchegante para escrever. Acenda uma vela ou prepare um chá para acompanhar. Essa atmosfera causa uma boa impressão no seu cérebro, fácil de ser repetida.
Você não precisa escrever apenas sobre o seu dia.
De início, você pode começar com os sonhos da noite anterior, pensamentos repetitivos ou mesmo eleger um assunto a partir de uma palavra em aberto.
Tenha constância.
Para colher os melhores resultados da escrita terapêutica é importante que isso se torne um hábito. Determine alguns dias e a melhor hora para a escrita e, aos poucos, amplie. Trate como um compromisso importante da sua agenda.
Separe um caderno especial só para isso!
Assim você evita a perda de tempo procurando papel. As anotações estarem agrupadas é um passo fundamental para o processo da escrita terapêutica, na etapa em que você vai reler sua própria história como um contínuo.
Preste mais atenção no seu dia.
Esteja presente e contemple mais as coisas para escrever sobre elas depois. Isso de querer escrever sobre o que nos afeta pode nos levar até a uma postura mais mindulness diante da vida. Carpe diem!
E aí? Vamos tentar colocar essas dicas em prática?
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*BRAUNSTEIN, P. Abordagens da intimidade nos séculos XIV-XV. In:DUBY, G. (Org.). História da vida privada, 2. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p.559.
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